sábado, 5 de junho de 2010

Sétima Dica para Montar seu Negócio


Avalie se a sua ideia não é uma ilusão
Muitas pessoas têm ideias que na prática são inviáveis, o que leva muitas empresas a baixarem suas portas com pouco tempo de vida. "Por isso é importante estudar o mercado onde vai atuar, ver se a proposta de negócio não é uma ilusão", avalia Marcelo Cherto. "Devido a isso, muita gente acaba optando pelo modelo de franquia, que já oferece essa resposta".

Para conseguir um acesso ainda maior às informações, a internet pode ser uma excelente ferramenta. "Muitos empreendedores, quando abrem um negócio, não têm dinheiro para investir na realização de uma pesquisa de mercado. Por isso, sair a campo, pesquisar livros, estudos e publicações, e acessar o banco infinito de dados da internet são meios que podem ajudar o empresário a ter noção sobre como seu negócio pode ou não se encaixar no mercado", explica Marcelo Aidar. Para o professor da FGV-SP, o empreendedor não deve se deixar levar por suas observações pessoais a respeito do assunto. "Busque informações em fontes confiáveis, como por exemplo, no IBGE".

Artur Muradian, proprietário da filial Moema do restaurante La Pasta Gialla, sempre teve vontade de comandar sua própria empresa. Preparou-se durante três anos, até encontrar um negócio que fosse adequado às suas expectativas. "Eu queria trabalhar com gastronomia, mas tinha medo, pois abrir um restaurante no Brasil é muito arriscado". O empresário então optou pelo modelo de franquia e, a partir daí, começou a fazer pesquisas de mercado para avaliar qual seria a oportunidade mais viável.

"Depois de estudar, de listar os prós e os contras, vi que comprar uma franquia do La Pasta Gialla poderia ser vantajoso, pois eu teria o nome de um chef famoso por trás do negócio, todo o amparo da franquia e a possibilidade de escolher um ponto comercial favorável. Perceber que o negócio era possível me fez fechar o negócio". Hoje, o restaurante já tem quatro anos de vida e cresce 5% em faturamento a cada ano.
 




sexta-feira, 4 de junho de 2010

Honda - The Cog

Sexta Dica para Montar seu Negócio

Busque negócios relacionados às suas competências, desejos e motivações


Depois de anos a fio atuando em um determinado segmento, muitos empreendedores resolvem partir para a jornada do negócio próprio. Por que não utilizar essa bagagem adquirida ao longo do tempo para montar um negócio? De acordo com Marcos Aidar, da FGV-SP, as oportunidades vão surgir na medida em que o empreendedor tiver afinidade com o tema. "Se eu sou da área de software, é mais provável que eu encontre oportunidades para empreender nesse segmento".

"Ao atuar em uma determinada área por um longo tempo, quando empregado, o empreendedor tem a chance de estudar com afinco o mercado, de estabelecer um laço de afinidades e, com isso, consegue ficar antenado para as oportunidades que possam surgir. Naturalmente, essas oportunidades acabam aparecendo com mais ênfase. Existem levantamentos que mostram que boa parte dos empresários teve empregos cuja área de atuação é similar ao seu negócio próprio", conclui o professor da FGV. "O importante é não deixar de lado o aspecto da gestão do negócio", enfatiza Hashimoto.

Rubens Oliveira, proprietário da RR Motos, oficina especializada em motos off-road em Sorocaba (SP), é um exemplo nesse sentido. Apaixonado por mecânica desde criança, trabalhou durante dez anos na parte de manutenção de uma concessionária da montadora Yamaha. Depois partiu para voo solo, aproveitando toda a experiência adquirida ao longo dos anos, e montou seu próprio negócio. "Ter esse conhecimento me ajudou muito a ter coragem para virar empresário". Hoje a oficina atende todas as cidades que cercam Sorocaba, oferece serviços agregados para os clientes e conquista uma nova fatia do mercado de reparação a cada dia. 
Por Júlia Zullig


 

Quinta Dica para Montar seu Negócio


 Faça o que você gosta
 
Se você amar o seu negócio, terá trilhado uma boa parte do caminho para o sucesso. "Quem faz aquilo de que gosta tem muitas chances de se dar bem, pois é bem mais difícil ser dono de um negócio do qual você não gosta do que ser empregado numa empresa onde está infeliz. O empregado ‘desliga’ dos problemas da empresa e o empresário, não", explica o consultor Marcelo Cherto.

O consultor cita a si mesmo como exemplo. "Eu faço aquilo que eu gosto. Eu respiro meu negócio durante 24 horas por dia. Durmo com um bloquinho e uma caneta ao lado da cama, pois acontece muito de eu acordar no meio da madrugada com alguma ideia interessante. Estou sempre trabalhando: enquanto estou dormindo, quando estou na beira do mar. Mas isso não me deixa exausto, pois eu adoro o que faço. Você trabalha muito mais como empresário do que como empregado. Por isso, esse amor é importante para garantir o estímulo para a busca constante de ir sempre além".


Marcelo Aidar, da FGV-SP, afirma que, quando o empreendedor faz o que gosta, tem melhores condições de "fazer melhor". "O empreendedor vai se dedicar com prazer, vai procurar ficar por dentro de tudo o que envolve o mercado onde seu negócio vai ser inserido. Ele identifica as melhores saídas, acaba colocando mais amor na construção e na condução da empresa e, buscando o melhor, o negócio tende a dar certo".


Roberto Bitelman, sócio-diretor da agência de viagens AuroraEco, diz que trabalhar com gosto é fundamental para o bom andamento da empresa. "Isso faz com que as coisas funcionem bem. Essa felicidade reflete tanto para dentro da empresa quanto para os meus colaboradores." Por trabalhar com o setor de turismo, essa premissa ainda se torna mais importante, na opinião do empresário. "Nossos clientes percebem o quanto nos envolvemos com as viagens. Vendo sonho e felicidade. É o que me dá mais prazer".


Por Júlia Zullig


segunda-feira, 31 de maio de 2010

Quarta Dica para Montar seu Negócio

Explore múltiplas ideias de negócios 
 
Ao abrir a mente e aceitar uma determinada ideia, é importante mantê-la aberta, ou seja, não permita que a ideia inicial fique restrita a um único direcionamento. "O empreendedor tem que aproveitar e explorar novas ideias, abrir seu leque de opções para minimizar os erros na criação da proposta de seu negócio", ressalta Marcelo Aidar, da FGV-SP. Pensar em canais de venda diferenciados ou em um público-alvo pouco explorado pode ser uma boa saída para o futuro negócio. "Isso agrega valor ao negócio".

Marcos Hashimoto, do Insper, diz que explorar múltiplas ideias é uma forma de o empreendedor não ficar com apenas uma resposta. "Quanto mais opções, mais fácil fica a escolha". Ter uma ideia a mais traz conforto para escolher o caminho certo. "Eu ficaria mais confiante se tivesse mais de uma ideia para poder comparar e escolher".

Em nosso país, a maioria das pessoas não faz essa exploração de ideias, de acordo com Hashimoto. "O brasileiro toma a decisão no calor do momento e não tem o costume de ir atrás de novas ideias. Ele não está acostumado a planejar e não tem tempo de buscar uma outra solução", afirma. Mas nem sempre a primeira ideia é a melhor. "Nem que custe mais tempo e mais esforço, o importante é não cair na tentação de abraçar a primeira ideia que surgir", aconselha.

Proprietário do restaurante Josephine, em São Paulo, Jesse de Andrade era dono de um açougue quando o seu mercado começou a ficar enfraquecido. "Os supermercados dominam o setor e meu negócio foi enfraquecendo", lembra. O empresário decidiu então fechar o estabelecimento e foi buscar ideias no mercado. Andrade já tinha sua clientela – o comércio ficava em frente a um colégio de classe média alta –, e por isso pensou em seguir caminho paralelo e abrir algo ligado à alimentação. Em 2000 nasceu o restaurante, que hoje é um dos mais badalados da cidade.

A busca por novas ideias não acabou na abertura do Josephine. Andrade exercita a máxima todos os dias. "Sou aberto para sugestões, pois sei que sempre existe alguma idéia que pode tornar meu negócio ainda melhor. Por isso procuro conversar constantemente com meus clientes para saber deles o que pode ser feito para melhorar os serviços da casa". Duas ideias já viraram realidade: a criação de comandas eletrônicas para agilizar o fechamento da conta e a instalação de campainhas digitais, que facilitam a solicitação dos serviços dos garçons da casa.

Por Júlia Zullig